20 – Elizabeth Figueiredo Marinheiro
Cadeira nº 20
Elizabeth Figueiredo Agra Marinheiro nasceu na cidade de Campina Grande, filha de Agripino da Costa Agra e Maria Figueiredo Agra. Estudou no Colégio Alfredo Dantas e no Colégio Estadual, concluindo, posteriormente, o bacharelado em Letras Neolatinas, pela Faculdade de Filosofia do Recife, também, realizando a Licenciatura do mesmo curso na Faculdade de Filosofia de Campina Grande. Fez mestrado em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 1974, e doutorado e pós-doutorado em Letras pela Universidade de Madrid.
Além desses cursos, possui vários outros, realizados em Campina Grande, João Pessoa, Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Entre as diversas instituições de ensino, em que lecionou as disciplinas Latim, Português, Artes e Teoria Linguística, destacam-se: o Colégio Estadual; a Escola de Artes e Campina Grande; o Colégio Municipal Anita Cabral; o Departamento de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Regional do Nordeste (FURNE). É professora de Teoria Literária da Universidade Federal da Paraíba. Já representou o Brasil em Simpósios realizados em Madrid; ministrou cursos de literatura nordestina em Sevilha e Santiago de Compostella, na Espanha.
Em Viena, foi a represente dos cursos libero-americanos de Madrid, no Congresso Internacional de Semiótica em 1979. É detentora de comendas, troféus e moções conferidas por instituições culturais do Brasi e do exterior. Recebeu o Prémio José Verissimo, em 1981, conferido pela Academia Brasileira de Letras, pelo trabalho “A Bagaceira: uma Estética da Sociologia” e o Prémio Silvio Romero, em 1983, com “Vozes de uma Voz” (1982). Idealizou e coordenou os congressos de crítica literária na Paraíba, promovendo o Seminário Internacional de Literatura, anualmente, realizado em Campina Grande.
Elizabeth Marinheiro foi a primeira mulher eleita para a Academia Paraibana de Letras. Assumiu a sua cadeira, em 2 de maio de 1980, e foi recepcionada pelo acadêmico Mário Moacyr Porto. Sua produção literária é vasta e significativa, aqui, entre outros, vêem-se: “Chegadas e Andanças”; “O Professor Enquanto Bandeira”; “José América de Almeida” (publicada em suplemento literário de Belo Horizonte); “Iluminação de Regina”; Em Virgínius Somos”; “Figueiredo Agra e o New Criticism”; “O Homem se eterniza pelo que escreve” (1980); “Dicionário Bibliográfico do Autor da Microrregião do agreste da Borborema” (1982); “O Compromisso do Escritor” (1983, coautoria de Edilberto Coutinho); “Leituras, Antes e Agora” (1988); “Novos Hábitos de Leitura”.