FRANCISCO LIMA (Padre Lima) Nasceu em 20 de agosto de 1904, na cidade de Caiçara, Estado da Paraíba, e faleceu em 08 de junho de 1972, na capital do Estado. Fez o curso primário em Caiçara, com o professor José Soares de Carvalho , vindo para a capital com o objetivo de ingressar no Seminário da Paraíba. Concluiu o curso ginasial no Colégio Diocesano Pio X., tendo recebido Menção Honrosa e laureado duas vezes com o Grande Prêmio, pelo ótimo desempenho no colégio, como estudante. No Seminário, realizou , com brilhantismo, os cursos de Filosofia e Teologia; bacharelou-se em Letras Clássicas, pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Recife. Recebeu as Ordens Sacerdotais em 12 de março de 1932, pelo Arcebispo da Paraíba, D. Adauto de Miranda Henriques. Exerceu as funções: Coadjutor da Paróquia de Campina Grande; Vigário de Alagoa Grande e de Areia; Diretor da Biblioteca Pública do Estado; Diretor do Colégio Pio XI, de Campina Grande e do Colégio Pio X, de João Pessoa; Professor de Geografia; Corografia do Brasil, Português; Latim, História da Civilização e Didática Especial, em vários colégios da capital, Campina Grande e de Areia; lecionou, ainda, Língua e Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia da Paraíba e no Instituto Nossa senhora de Lourdes; Biologia, Apologética, Literatura Geral e História , no Seminário da Paraíba ; Português, no Lyceu Paraibano. O Cônego Francisco Lima era dotado de altos valores morais e intelectuais o que lhe faziam ser admirado e respeitado como professor, como padre e , sobretudo, como pessoa. Com a sua batina preta, surrada pelo uso diário, caminhava pelos corredores do Lyceu com um sorriso maroto nos lábios que se desfazia ao entrar na sala de aula, transformando-se num professor austero, eloqüente e imprevisível. Às vezes, surpreendia a turma, desafiando a criatividade dos seus alunos, quando, durante as aulas de Português, pedia como tema de redação “um pingo dágua” ou um canto de parede”. Professor universitário e sacerdote, foram a maior glória que alcançou como homem, afirmação feita pelo próprio Francisco Lima, em seu discurso de posse na APL, em 30 de agosto de 1959. Foi saudado pelo acadêmico Bôtto de Menezes . Pertencia, também, ao Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e era considerado entre os intelectuais como “consciente intérprete dos nossos fatos históricos”. Além de trabalhos publicados em jornais da capitais, deixou importante bibliografia: D. Adauto-subsídios biográficos (3volumes);Oração fúnebre;Epitácio-síntese biográfica; O Seminário Arquidiocesano da Paraíba e suas bodas de diamante; Crise da democracia brasileira; Instituições políticas do Brasil; Os cento e um anos do Lyceu; História do Colégio Nossa Senhora das Neves; Vieira; A igreja e as origens do homem; Todo poder vem de Deus; A inquisição e a arte de furtar; A Igreja – essa desconhecida; O apostolado do vigário; A ressurreição e a volta de Cristo; Crítica e crítica; O barroquismo no Brasil sob a égide da Filosofia; Os aspectos genealógicos da língua portuguesa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Revista da Academia Paraibana de Letras, nº07, p113 a 140, João Pessoa 1960.
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, nº 20, João Pessoa: 1974.