Academia Paraibana de Letras

SUCESSOR: MANUEL BATISTA

 MANUEL BATISTA DE MEDEIROS:  Nasceu no dia 27 de julho de 1924, em Solânea, Estado da Paraíba. É filho do senhor  João Batista Moreira e D. Maria Batista de Medeiros; casado com  D. Vera Lúcia de Azevedo Medeiros, nascendo da união, os filhos: Emmanuel, Gibran e Luciana. Fez o curso primário na Escola Pública do município de Serraria e o secundário no Seminário Arquidiocesano da Paraíba. No período de 1945 a 1950, fez os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário Arquidiocesano Maior, em João Pessoa. É titulado pela Universidade Federal da Paraíba  nos cursos: Bacharelado  e Licenciatura Plena em Línguas Latinas e Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais; Fez Mestrado em Educação e Licenciatura Plena  em Filosofia pela Universidade  Católica do Recife (PE), 1970.  Ordenado Sacerdote, em 1950, Manuel Batista foi vigário  na Paróquia de São Miguel de Taipu e celebrava missa, mensalmente, na capela do Engenho Itapuá que pertencia  a D. Maria Lins Vieira  de Melo, a Maria Menina, mãe   de criação do escritor José Lins do Rêgo,  mantendo,  com  esta senhora, diálogo sobre a vida do escritor, tendo sido abordados fatos pitorescos da infância do romancista, cujo texto está inserido no livro José Lins do Rêgo – O homem e a obra, da autoria do  acadêmico Eduardo Martins. Foi, também, capelão do Orfanato D. Ulrico, do Centro de Recuperação Bom Pastor, dos Colégios Sagrada Família e Pio X , e da Igreja das Mercês, em João Pessoa. Em 1968, decidiu renunciar à vida sacerdotal,   requerendo permissão ao Papa Paulo VI   para casar-se. Somente obteve a concessão em  1970; de imediato, realizou  o seu matrimônio com D. Vera; à solenidade, compareceram as mais altas expressões da sociedade paraibana e dos Estados vizinhos.

 O Dr. Batista dedicou-se ao magistério, exercendo as atividades: Professor Adjunto, por concurso público, da UFPB, lecionando Prática de Ensino em Português e de Literatura Portuguesa; Professor fundador da Cadeira de Direito Civil, da Faculdade de  Ciências Jurídicas e Sociais da UNIPÊ; Professor de Prática de Ensino de Sociologia da Faculdade de Educação da  UFPB.;  Professor Catedrático de Latim do  Lyceu Paraibano ; Professor de Latim  e de Português do Seminário da Paraíba; Professor de História Eclesiástica Primitiva e de Direito Canônico do Seminário Maior da Paraíba. Além de professor, exerceu outras atividades na área educacional, como: fundador e primeiro Reitor da Universidade Autônoma de João Pessoa, a atual UNIPÊ; membro da Comissão de Folclore da UFPB.; Membro do Conselho Universitário da UFPB.; Chefe do Departamento de Metodologia Pedagógica da UFPB.; Participante de bancas examinadoras de  concursos públicos e de vestibulares; Membro do Conselho Executivo da UNIPÊ. No campo jurídico, o Dr. Manuel  Batista destacou-se nas funções de  Advogado e Assessor da Presidência da SAELPA;  Procurador Jurídico da UNIPÊ; Diretor de Departamento de Assistência ao Menor (1963/1967); Procurador Jurídico do Estado, ocupando a Procuradoria Geral, quando se aposentou.

Jornalista profissional, escreve nos principais jornais da capital e em revistas especializadas. Foi diretor-presidente da Rádio Arapuan, Diretor Comercial do Jornal A IMPRENSA; Diretor-Presidente da Gráfica A IMPRENSA; integrante, juntamente com Virginius da Gama e Melo e Juarez Batista, do corpo editorial da Revista da FAFI. Exerceu, ainda, outros cargos importantes, dentre os quais destacamos:  Secretário do Interior e Justiça; Membro-fundador da Academia Paraibana de Letras Jurídicas; Juiz Eclesiástico da Arquidiocese da Paraíba. É membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, Advogado autônomo; Membro Honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande, Rádio-Amador – PR-7-BTG.. Recebeu as Comendas    Ad Immortalitatem  e Mérito de Serviço Cultural, da Academia Paraibana de Letras   e a Comenda José Maria dos Santos, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano; recebeu a  Medalha Diploma de Colaborador Emérito do Exército Nacional, do IV Exército – Recife (PE).  Elegeu-se membro da Academia Paraibana de Letras, em 1984, tomando posse no dia 26 de setembro do ano seguinte., sendo recepcionado pelo acadêmico Afonso Pereira .Ocupou a Vice-Presidência, no período de 1986 a 1989, na gestão do Presidente Luiz Augusto Crispim e, pelo seu dinamismo e capacidade de trabalho foi eleito  Presidente da Instituição, cumprindo um  mandato de dois anos, sendo reeleito  para mais   um  biênio. O inicio da  sua primeira gestão coincidiu com o final do governo Burity, mesmo assim, foi realizado um convênio entre a APL e Governo do Estado  que destinou à entidade  recursos suficientes para a restauração da sede, que  além da reparação da estrutura física do prédio, incluiu a aquisição de  mobiliário e equipamentos necessários ao desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos. Dr Batista idealizou e implantou, com a aprovação dos membros da Casa, o JARDIM DE ACADEMUS, local  reservado à exposição de estátuas dos representantes mais expressivos na nossa literatura, tendo sido iniciado com os nomes de Coriolano de Medeiros, Augusto dos Anjos, José Américo de Almeida, Alcides Carneiro, José Lins do Rêgo, Assis Chateaubriand e Virginius da Gama e Melo; ainda na sua primeira administração foi editada a 1ª edição do Memorial Acadêmico.

 Homem de princípios religiosos, Dr. Batista caracteriza-se pela autenticidade, qualidade típica do leonino, demonstrando na área profissional muito senso administrativo, encontrando sempre uma maneira diplomática de impor as suas idéias. Imparcial, age sempre com justiça e autoridade, mas sem autoritarismo; não tendo envolvimento político desfruta de um bom conceito no meio  em que convive, tanto no profissional como no social.

Livros publicados: Idéias, pessoas e coisas, 1958; Crônicas de quase crítica, 1963; Acadêmicas, 1998; Paraibanos na Academia Brasileira de Letras, 1999 (2 edições);   Prefácios de alguns livros e centenas de artigos nos jornais O NORTE, A IMPRENSA e A UNIÃO. No  prelo: Crônica reunida  ou prolegômenos da Universidade Federal da Paraíba; O IPÊ – a verdadeira história do seu começo.

REFERÊNCIA  BIBLIOGRÁFICA:

Currículum Vitae elaborado pelo acadêmico.