ERNANI Ayres SÁTYRO : Nasceu no dia 11 de setembro de 1911, na cidade de Patos, Estado da Paraíba ; filho do casal Miguel Sátyro e Souza e D. Capitulina Ayres Sátyro e Souza. Casou-se, em 1935, com D.Antonieta Sátyro, nascendo dessa união, os filhos: Silede, Bertholdo e Gleide; faleceu no dia 08 de maio de 1986, em Brasília, onde foi sepultado. Os seus restos mortais foram transladados , no dia 08 de maio de 1993, para o mausoléu construído pelo Governo do Estado em Patos, sua terra natal, na Fundação que leva o seu nome.
Ernani Sátyro fez os estudos primários em Patos. Vindo para a capital do Estado,freqüentou o Colégio Diocesano Pio X e o Lyceu Paraibano, em 1933, graduou-se em Direito pela Faculdade do Recife. Depois de formado, advogou por algum tempo, ingressando na política partidária; elegeu-se Deputado à Constituinte de 19935, pelo Partido Libertador; em seguida, foi nomeado Chefe de Polícia do Estado; posteriormente, assumiu a Prefeitura da capital, num curto período. Em 1971, pelo processo de eleições indiretas, foi eleito governador do Estado, sucedendo ao Dr. João Agripino Filho, passando a chefiar a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), no Estado da Paraíba. A sua administração foi muito produtiva, caracterizada pela construção de obras que relevaram o seu nome como administrador competente e honesto; durante o seu governo foram construídos o Centro Administrativo, em Jaguaribe; o prédio da Assembléia Legislativa; o edifício do Jornal A UNIÃO, no Distrito Industrial, os estádios de futebol de João Pessoa e de Campina Grande; CEASA; o Quartel do Corpo de Bombeiros; concluiu o Hotel Tambaú; construiu o Conjunto Castelo Branco, entre outras obras, além de colégios, estradas, redes de água e esgoto, tanto na capital como no interior do Estado. Além de político atuante, Ernani Sátyro era ensaísta, escritor , poeta e contista e romancista; mantinha uma coluna no Jornal A União, intitulada Sempre aos domingos. Publicou: Mariana e Quadro negro(romances); escreveu ensaios sobre Cervantes, Rousseau; Dickens, Machado de Assis, José Lins do Rego, Luiz Jardim, estes ensaios foram publicados em suplementos literários e revistas especializadas no Rio de Janeiro. Inéditos: Dia de São José e O canto do retardatário(poemas). Prefaciou as obras completas de Epitácio Pessoa, editadas pelo Instituto Nacional do Livro.
Assumiu a sua Cadeira na Academia Paraibana de Letras, em 03 de agosto de 1963, com saudação do acadêmico Ivan Bichara.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo da APL.
FERNANDES, Flávio Sátiro. Paraíba – nomes do século – Série histórica. João
Pessoa: A UNIÃO, 2000.
MAIA. Benedito. Governadores da Paraíba (1947-1948). João Pessoa: 1980.
SILVEIRA, Fernandes. Vidas Paraibanas, João Pessoa: 1981.