ODILON RIBEIRO Coutinho:Nasceu em 12 de julho de 1923, no Engenho Central, município de Santa Rita, atual Usina São João, de propriedade dos seus pais, Dr. João Úrsulo Ribeiro Coutinho e D. Helena Pessoa Ribeiro Coutinho, tendo sido, esta, a primeira usina de cana-de-açúcar a ser implantada na várzea do Paraíba (1888); mais tarde, ao patrimônio da família Ribeiro Coutinho, juntou-se a Usina Santa Helena, antigo Engenho Pau d’Arco. Nascido e criado nessa região, Dr. Odilon vivenciou o ambiente onde, também nasceu e criou-se o poeta Augusto dos Anjos e, enquanto dono daquelas terras, teve sempre o cuidado de preservar o tamarindo tão decantado pelo poeta.
Odilon Ribeiro estudou no Colégio Diocesano Pio X, de João Pessoa; no Ginásio de São Bento, em São Paulo, bacharelando-se em Direito pela Faculdade do Recife; casou-se com D. Solange Veloso Borges Ribeiro Coutinho com quem teve três filhos: Odilon Filho, Eduardo e Gilberto. Faleceu em 12 de julho de 2000, no Rio de Janeiro; seu corpo foi sepultado no Cemitério Senhor da Boa Sentença em João Pessoa.
Afastou-se da Paraíba por algum tempo, atuando na política do Rio Grande do Norte, onde foi eleito Deputado Federal; retornou à Paraíba, candidatou-se à Câmara Federal pelo PSDB. Não obteve êxito nas urnas, mas continuou lutando em defesa da dignidade do seu partido, do qual foi presidente, na Paraíba. Defensor do parlamentarismo, ele acreditava nesse sistema de Governo “a partir do fim do feudalismo moderno imposto pela inércia do presidencialismo semiditatorial”.(Revista Em Dia, 17/05/91).Era escritor, crítico literário, empresário político e sociólogo, sobressaindo-se pela eloqüência dos seus pronunciamentos e pela sua afetividade. Estudioso e pesquisador, escrevendo sem a pretensão de publicar os seus trabalhos, motivo pelo qual se desconhece a sua bibliografia. A professora Ângela Bezerra de Castro, em um minucioso trabalho de pesquisa, conseguiu relacionar os escritos de Odilon Ribeiro, e os divulga na Revista da Academia Paraibana de Letras, nº 16.Odilon Ribeiro assumiu a sua Cadeira na APL, em 22 de julho de 1994, recepcionado pelo acadêmico Edilberto Coutinho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CASTRO, Ângela Bezerra. Odilon na eternidade. In: Revista da Academia Paraibana deLetras. P.109 a 118. João Pessoa: 2000.
NUNES, Nonato. Salve o parlamentarismo. In: Revista Em Dia, ano II, nº 17. João Pessoa: Maio/91
ODILON, Marcus. Pequeno dicionário de fatos e vultos da Paraíba.Rio: Cátedra, 1984.