Academia Paraibana de Letras

JOSÉ CAVALCATI: Nasceu em 27 de julho de 1918, em São José de Piranhas e faleceu em João Pessoa, no dia 31 de dezembro de 1994. Era filho do casal Manuel Cavalcanti da Silva e D. Bernardina Soares de Souza; deixou viúva a senhora Rosalina de Queiroz Cavalcanti e dois filhos: Bernânio e Maria Berlânia. Fez o curso primário em São José de Piranhas, a seguir, foi trazido pelo Monsenhor Manuel Vieira para a cidade de Cajazeiras, tendo se matriculado no Colégio Salesiano Pe. Rolim, iniciando o ginasial que somente veio concluir, em 1942, no Colégio Diocesano de Patos. No Colégio, prestou serviços como Tesoureiro e como professor de História. Mais tarde, ingressou na política partidária, sendo eleito Deputado Estadual pela UDN, exercendo quatro mandatos consecutivos, até 1963. Foi Prefeito de Patos, por cinco anos, quando teve os seus direitos políticos cassados. Retornou à política em 1986, como candidato a Deputado Estadual pelo município de Patos; não conseguindo se eleger, afastou-se, definitivamente da política.

Foi agraciado com os títulos: Cidadão patoense; Cidadão de Santa Terezinha; Primeiro Sócio Honorário da Associação dos Magistrados da Paraíba; Prefeito do Ano (quatro vezes consecutivas); Cidadão de João Pessoa; era sócio do Instituto de Genealogia e Heráldica da Paraíba. Assumiu a sua Cadeira na APL, no dia 19 de setembro de 1981, recepcionado pelo acadêmico Afonso Pereira. Escritor e poeta matuto, José Cavalcanti era considerado imoral por uns, irreverente por outros, espirituoso e criativo por todos. Autêntico contador de estórias matutas, numa linguagem espontânea e natural do povo sertanejo. Colaborou nos jornais O Nordeste e no Diário da Borborema, em Campina Grande e, em João Pessoa, No Correio da Paraíba e no Jornal de AGÁ. Publicou os livros: Potocas, piadas e pilhérias; Casca e nó; Sem peia e sem cabresto; Bicho do cão; Gaveta de sapateiro; Bisaco de cego; Quengada de matuto; Papo furado; Espalha brasas; Rabo cheio; Caga-fogo; Busca-pé; Um setentão; A Política e os políticos; Pais tolos, filhos sabidos; Curupaco papaco; As potocas de seu Zé; As potocas do seu Zé –1; As potocas do seu Zé –2; 350 lorotas políticas; Discurso acadêmico; Pensamentos avulsos; Sabedoria popular; Sertanejadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALVES, Luiz Nunes. Discurso de posse.In: Revista da APL, nº 12, 1997.

CAVALCANTI, José. . Discurso de posse na APL, 1981.

MORAIS,Abmael. Perfis de corpo inteiro. João Pessoa: A União, 1983.

PEREIRA, Afonso. O homem e a imortalidade (discurso de recepção), João Pessoa: 1981.