Academia Paraibana de Letras

JUAREZ da Gama BATISTA: Nasceu em 04 de fevereiro de 1927, na capital do Estado da Paraíba, e faleceu nesta mesma cidade, em 11 de fevereiro de 1981.Era filho do casal Artur Batista e D. Zaida da Gama Batista; era casado com a advogada Lygia Vasconcelos Batista e deixou sete filhos: Constance, Madalena, Caio César, Christine, Adelina Stela, Mário e Thaís. Estudou em João Pessoa, no Colégio Pio X e no Lyceu Paraibano. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1951. Neste mesmo ano, dirigiu o Jornal A União, por indicação do Governador José Américo de Almeida, seu amigo, a quem devotava grande afeição. Em 1957, dirigiu o Jornal Correio da Paraíba e, em 1960, era diretor-proprietário do Jornal A Notícia. Juarez Batista era um intelectual e, acima de tudo um mestre, recebendo de José Américo o elogio: ” Nasceu para as letras, vive para as letras, sonha com as letras”.

Em 1961, passou aa integrar o corpo docente da Universidade Federal da Paraíba como professor titular de Literatura Brasileira, exercendo, também, as funções de Diretor do Departamento Cultural da UFPB; Chefe do Departamento de Lingüística e Literatura Luso-Brasileira do Instituto Central de Letras da UFPB..Recebeu vários prêmios pela contribuição às Letras na Paraíba e no Brasil, entre estes, podemos citar: Prêmio Euclides da Cunha, pelo trabalho O real como ficção em Euclides da Cunha, e com este mesmo trabalho recebeu o Prêmio Olívio Montenegro, concedido pela Universidade Federal de Pernambuco; Prêmio José Américo de Almeida, da UFPB; em 1967; Prêmio José Veríssimo, 1973; pela Academia Brasileira de Letras; Prêmio Geraldo Andrade, da Academia Pernambucana de Letras, em 1973 e Prêmio de Cultura, 1976, pelo Governo do Estado da Paraíba. Foi agraciado com os títulos: Honra ao mérito, pelo Conselho Estadual de Cultura da Paraíba; Menção Honrosa, da Secretaria de Cultura do Estado da Guanabara.

Ingressou na Academia Paraibana de Letras, em 18 de junho de 1968, saudado pelo acadêmico José Américo de Almeida; em 1978, foi eleito Vice-Presidente da entidade, tendo como Presidente o professor Afonso Pereira. Deixa uma vasta e importante produção literária, incluindo ensaios, crônicas, discursos, conferências e prefácios: Ensaios: Caminhos, sonhos e ladeiras; Gabriela, seu cravo e sua canela; JoséAmérico-retratos e perfis; O real como ficção em Euclides da Cunha; A Sinfoniapastoral do nordeste; O protagonismo do Fausto; Os mistérios da vida e os mistérios de Dona Flor; Matéria e nunca ouvido canto; O barroco e o maravilhoso no romance de Jorge Amado; A contraprova de Tereza; Favode mel; Sentido trágico em José Lins do Rego; Quem tem medo de Gilberto Freyre? Crônicas: História do arco da velha;Tarde demais para esquecer; Bolha de nível.Discursos e conferências: Discursos, 1968; Eça de Queiroz: o bem pensante nem tantoàs avessas, 1971; Um gosto de mel; O charme discreto de Gilberto Freyre; Justiça, imprensa e academia: os degraus da vocação; Chá e simpatia; José Lins doRego, as fontes da solidão; O tema e o gesto; O exílio e o reino; Literatura, culturae civilização; O que será que será; O poder da glória; Os guarda-chuvas de Cheburgo. Publicações em plaquetas: A hora e a vez de Joacil; Gilberto em três notas de jornal; O sono da velha senhora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BATISTA Juarez da Gama. Discursos acadêmicos, UFPB., 1968.

Revista da Academia Paraibana de Letras, vol. 08. João Pessoa: 1978.

SOARES, Mariana. Juarez da Gama Batista(sua vida, seus mistérios, sua obra).

João Pessoa: 1985.