Academia Paraibana de Letras

30 – Otávio Sitônio Pinto

Cadeira nº 27

Otávio Sitônio Pinto nasceu em Princesa Isabel, em 6 de maio de 1945. Filho de Otávio Sitônio da Silva, oriundo da família Genipapo de Misericórdia do Vale do Piancó, e de Carmélia Pereira Sitônio Pinto. Veio, quando criança, para a Capital, onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Epitácio Pessoa cm as mestras Adamantina Neves e Lourdes Carvalho. Nessa escola, tornou-se colega de Sônia Lúcia Ramalho de Farias e de Luiz Augusto da Franca Crispim. Continuou seus estudos primários no colégio Santa Rosália, de Adamantina Neves, na Rua 13 de Maio. O secundário foi feito em diversos colégios: no Pio X, no Lyceu Paraibano e no Ginásio Solon de Lucena, na antiga Rua das Trincheiras. No colegial, estudou no Lyceu Paraibano, onde te aulas com o mestre e poeta Vanildo Brito e na Escola Técnica de Comércio Epitácio Pessoa, concluindo-o com o supletivo, em Campina Grande, no Colégio Estadual da Prata.


Sua cidade natal, terra da família materna, está situada no alto sertão e se declarou, pro Decreto, Território Livre e Princesa em 1930, pelo Coronel José Pereira Lima, líder político da região e seu tio. Otávio iniciou a trabalhar ainda menor, como gráfico, na Flamunorte, de seu primo Hélio Sitônio Borges; na Dante Gráfica, como gráfico e publicitário. Como redator, trabalhou em Brasília, nas agências Nova Dimensão Propaganda, Senna Publicidade, Polo Propaganda; em Recife, na MPM Propaganda, Denisson Propaganda, Ampla Propaganda, Gruponove Assessoria de Marketing e Comunicação, Ítalo Bianchi Publicitários Associados e Fregapane Publicitários Reunidos. Na capital pernambucana, foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Clube de Criação do Recife, que deu origem ao Sindicato dos Publicitários da Pernambuco.

 
Como publicitário, criou os célebres dizeres: “Onde o Sol nasce primeiro” (marca da Paraíba) e “Lula -lá”, publicado em 26 de novembro de 1988, no jornal A União, e creditado, em 1989, ao publicitário Carlito Maia. Transformou o Prêmio Destaque Volkswagen, diploma concedido às de melhores revendas da marca, no troféu Virabrequim de Ouro, adotado pela montadora para todo o Brasil. Também destacou nacionalmente o filme institucional do Projeto Multirão, da Companhia Estadual de Habitação popular. Por fim, voltou à Paraíba, sendo aprovado no concurso de auditor fiscal, o que o fez abandonar a carreira publicitária. Depois de aposentado, passou a se dedicar às atividades de ruralista e garimpeiro.
Autodidata e rebelde, o princesense militou na imprensa local, onde foi redator e colunista de A União, O Norte e Correio da Paraíba, ora com sua crônica lírica, ora com duros artigos de crítica e denúncia. Foi membro da junta tríplice que dirigiu o Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. A experiência adquirida no cargo de assessor de planejamento do Instituto da terra (INTERPA-PB), foi importante para a concepção do seu livro “Dom Sertão”, e, “Dona Seca”, no prelo. Entrou onze vezes na universidade, matriculado em Sociologia e Política, curso extinto depois do Golpe de 64, na Universidade Federal da Paraíba; em Administração de Empresas na Universidade Regional do Nordeste; em Administração Pública, em Ciência Contábeis e em Filosofia, na UFPB; por seus vezes, em Direito, duas na UFPB, uma na ASPER e três no UNIP.


Otávio Sitonio publicou seis livros: “Collor, a Raposa do Planalto”; Caminhos de Toboso”; “Sessão das Bruxas”; Deliciosos”, prêmio de Melhor livro de Crônicas, em 2001, pela Academia Paraibana de Letras; “Dom Sertão, Dona Seca”, ganhou três prêmios da APL, em 2001; “A dança do Urubu!, mereceu a Menção Honrosa da Associação Nacional de Escritores, em Brasília, 2002. É sócio efetivo da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro e ingressou na Academia Paraibana de Letras em 9 de agosto de 2006.