Academia Paraibana de Letras

O maior ataque a tiros da história dos Estados Unidos, que matou por matar tantas vidas, tem sido noticiário maior do que as costumeiras notícias das trágicas violências quotidianas, no nosso mundo. Ora, os violentos gostam de arma e de seu uso… As notícias se restringem ao como ocorreu: “Barbaridade”, “terrorismo”, muitas descrições et coetera. Mas, muito pouco ou nada falam sobre o porquê do acontecido com tantas armas. Não esquecem quem doou sangue ou orou pelas vítimas: O Papa, Obama, e centenas de autoridades, como as do atual Governo que já devem ter muito rezado pelos brasileiros que morrem, a cada três segundos, nas nossas casas, ruas, campos e favelas: Os que escapam foram ameaçados por arma de brinquedo; todas as armas serão de brinquedo e sem ameaças, quando não houver armas de fogo…

Mas mister Trump, desejando que se produza e se venda maior quantidade de armas, proibiu analisar a causa do fenômeno, fale-se apenas do efeito, não do “controle”: “Não é hora para isso, o momento é de dor e para orar, cuidar das vítimas do tresloucado…” É, louco sem pedras não atira pedras. E ficam a perguntar: O que teria motivado o “pacato” Stephen Paddock a matar tanta gente sorrindo e cantando? A resposta está nas tragédias anteriores e que são muitas. O site Gun Violence registrou, neste ano, o total de “272 grandes tiroteios nos Estados Unidos”; no Brasil, ele teria se perdido na conta…

O ditador norte-coreano Jong segue a diatribe: Quanto mais armas para se defender, melhor! Discordo do “si vis pacem, para bellum” (se queres a paz, prepara a guerra). Se desejamos paz, não tenhamos armas; sem arma não haverá agressor, tampouco quem se defenda. Enquanto isso, com ou sem revólver, somos passíveis de “balas perdidas”, porém certeiras…


Damião Ramos Cavalcanti

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