Academia Paraibana de Letras

Luís Ferreira MACIEL PINHEIRO : Nasceu em 11 de dezembro de 1839, na capital do Estado da Paraíba e faleceu em 09 de novembro de 1889, em Recife, capital do Estado de Pernambuco. Era filho de Braz Ferreira Maciel e D. Margarida Maciel Pinheiro; em 1879, casou-se com Isabela de Castro, tendo nascido da união os filhos : João, Tomaz e Luís. Fez os estudos primários , colegiais e humanidades na cidade natal, ingressando, a seguir, na Faculdade de Direito do Recife, Escola que, na época, abrigava a intelectualidade da região. Entre os contemporâneos de Maciel Pinheiro, encontramos nomes de expressão, como Castro Alves, Tobias Barreto, Martins Junior e Fagundes Varela que, inspirados nos princípios filosóficos de Victor Hugo, ansiavam por uma reforma política e social para o Brasil. Eram românticos e idealistas. Encontravam-se nessa expectativa, quando explodiu a guerra do Brasil com o Paraguai e, sem hesitar, Maciel pinheiro, num ato de bravura, interrompeu os estudos e inscreveu-se como voluntário para ir defender a Pátria Ao regressar sentia-se frágil, com a saúde ameaçada, mas a sua coragem ajudou-o a . restabelecer-se , retomando logo os estudos,graduando-se em 1887. Exerceu a Promotoria Pública de Santo Antônio da Patrulha , no Rio Grande do Sul; Juiz Substituto em Recife; Juiz em Imperatriz, Ceará. Retornando a Pernambuco, assumiu o cargo de Juiz em Taquaritinga , e em Timbaúba, transferindo-se, em seguida, como Juiz, para o interior do Pará. Maciel Pinheiro sobressaiu-se como jornalista. Ainda estudante fundou e dirigiu o jornal científico-literário O Futuro, uma espécie de porta-voz dos anseios da mocidade e que tinha como redatores Castro Alves e Martins Júnior; foi diretor de A Província, jornal abolicionista, sendo o seu maior colaborador Joaquim Nabuco. Em 1º de junho de 1889, juntamente com Martins Júnior, Maciel Pinheiro fundou O Norte, jornal que circulou até 12 de novembro desse ano, tornando-se o mais eficiente meio de divulgação da campanha republicana.

Maciel Pinheiro, assim como os seus companheiros, sonhava com a República, lutou bravamente pela queda do regime imperial. Infelizmente, faleceu seis dias antes do ato histórico do Marechal Deodoro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :

ALBUQUERQUE, Durwal. Discurso de recepção, In: Revista da APL, nº 05, 1949.

MENEZES, José Rafael de. Paraibanos em distinções na faculdade de direito. João Pessoa: Universitária, 1977.

SILVA, Demócrito de Castro e. Discurso de posse, In: Revista da APL, nº 05, 1949.