Academia Paraibana de Letras

ÁLVARO Pereira DE CARVALHO : Nasceu em 19 de fevereiro de 1885. em Mamanguape, Estado da Paraíba e faleceu em 05 de outubro de 1952, na capital do Estado; era filho de Manuel Pereira de Carvalho e d. Francisca Leopoldina de Carvalho. Casado em primeiras núpcias com D. Luiza Gonzaga dos Santoss, nascendo desse casamento sete filhos: Stélio, Glaura, Stela, Nerina, Dalva, Vilma e Clóvis. Enviuvando, casou-se, novamente, com D. Francisca Marques da Rocha, em 1947. De origem modesta, logo cedo começou a trabalhar como barbeiro, a profissão do pai. a fim de manter os estudos. Conseguiu bacharelar-se em Direito pela Faculdade do Recife, em 1916. Era um homem culto,versado nos clássicos da literatura universal. Na Paraíba, foi deputado Federal, Secretário de Estado, professor de Literatura e de Italiano do Lyceu Paraibano. Era jornalista, ensaísta, crítico e escritor; redator de O Combate e diretor de O Comércio. Em 22 de outubro de 1928, assumiu a Vice-Presidência do Estado, que tinha como Presidente o Dr. João Pessoa; dois anos mais tarde, em conseqüência do assassinato de João Pessoa, em 26 de julho de 1930, ocupou a Presidência. Com o fim da Revolução de 30, Álvaro Machado retornou ao magistério, renunciando à política. Foi para o Estado de São Paulo, estabelecendo-se em Santos, onde ficou durante sete anos, lecionando Inglês em colégios particulares e advogando. Escreveu o livro Nas vésperas da revolução, que é um documentário do que foram os setenta dias passados no comando do Estado. Nesse livro , ele confessa que sancionou a Lei nº 700, mudando o nome da capital Parahyba para João Pessoa, mesmo contrariando a sua vontade, para concretizar a idéia do poeta Américo Falcão “pela grandeza da homenagem e porque traduziu o desejo da maioria dos seus concidadãos” O seu governo caracterizou-se pela ousadia e coragem como tomava as decisões, embora, muitas vezes, reprovado pelo povo, agindo sem demagogia, sempre por convicção. Dentro desse raciocínio , vetou o Projeto nº 06, que criou a nova bandeira da Paraíba, devolvendo-o para que fosse aprovado pela Assembléia, considerando que: “a frase inscrita na bandeira não é histórica nem figura no telegrama em que o Presidente João Pessoa negou apoio à candidatura Júlio Prestes, e que NEGO desacompanhado de qualquer explicação é, por si só, incompreensível e encerra um grito de puro negativismo”.

Álvaro de Carvalho foi um dos fundadores da Academia Paraibana de Letras, sendo também, patrono da Biblioteca da entidade. Trabalhos de sua autoria:Ensaios dacrítica esthética, 1920; A revolução do eu, 1920; Ensaios da crítica, 1924; Educação profissional, 1946; Augusto dos Anjos e outros ensaios, 1946; Nas vésperas da revolução, 1932; além de outros publicados nas Revistas da APL.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALBUQUERQUE, Aurélio de. Sobretudo um homem de bem, João Pessoa, 1973.

BATISTA Juarez da Gama. Justiça, imprensa e academia – degraus da vocação.

(discurso de recepção ao acadêmico Aurélio de Albuquerque na APL), 1973.

CARVALHO, Álvaro de. Nas vésperas da revolução, 2ª ed., p.64, 67, 1978.

PINTO, Luís. Traços de vidas ilustres, Imp. Universitária, João Pessoa: 1967.

PORDEUS, Terezinha Ramalho. História da Paraíba na sala de aula, 1978.

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